O Transtorno do Espectro do Autista (TEA) é um transtorno do desenvolvimento caracterizado por prejuízos na socialização e comunicação, além de alterações especificas de comportamentos e interesses restritos e estereotipados. Em alguns casos, além do distúrbio de socialização e linguagem, tais pacientes podem também apresentar vários sintomas associados como déficits cognitivos, hiperatividade, agressividade, ansiedade, entre outros.
De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM-5) (American Psychiatric Association, 2013), fazem parte desse grupo o Transtorno Autista (TA), a Síndrome de Asperger (SA) e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (TGDSOE), antes descritos no DSM IV-R, e que incluía tanto os prejuízos na interação social, comportamento e comunicação, sendo que atualmente são enfatizadas somente as desordens comportamentais e de interação social, visto que atrasos na área da fala nao estariam presentes em todos os casos, porem apresentam alterações na comunicação não verbal.
O TEA pode se manifestar nos primeiros meses de vida, sendo que antes dos 3 anos, em geral, esse diagnóstico é um pouco mais difícil, podendo se identificar sinais compatíveis com essa condição e já iniciar o atendimento necessário e multiprofissional, que devem se perpetuar se tais sinais e sintomas permanecerem e se tornarem mais evidentes. Sabe-se que uma em cada 370 crianças apresentam caracteristicas relacionadas ao TEA mostrando que tal transtorno do desenvolvimento tornou-se um dos mais frequentes e com alto impacto no âmbito pessoal, familiar e social.
O diagnóstico precoce é fundamental pois o quanto antes se iniciar as terapias necessárias, a resposta e melhora da qualidade de vida, tanto do paciente como de seus familiares, se mostra bastante significativa. Tais intervenções devem ser voltadas para a intenção de melhorar o desenvolvimento pessoal além de intervir e fortificar as competências da família.